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O conteúdo deste blog é de material didático, com sugestões de atividades e aulas práticas com material de baixo custo.
As propostas são elaboradas por mim, com base em pesquisas em diferentes bases de dados. As propostas foram testadas em turmas de ensino médio e fundamental, ou com professores de várias áreas.
CASO USE NOSSO CONTEÚDO, POR FAVOR CITAR A FONTE:
Autora: RTSR, Adila

sábado, 1 de setembro de 2007

Biosfera na garrafa



Objetivos
Investigar os micróbios que existem em uma coluna de lama, através das transformações ocorridas nesta coluna ao longo do tempo;
Investigar o papel da luz na sobrevivência dos micróbios do solo, através de comparações entre colunas de lama colocadas em condições diferentes .
Tempo de atividade
3 a 8 semanas
Material necessário:
1 rolo de fita adesiva
4 garrafas de plástico transparentes de refrigerante de 2-L tipo PET
4 quadrados de papel alumínio 10 x 10 cm
1 caneta de retro-projetor
1 espátula
1 balde pequeno
1 funil (pode ser o gargalo de uma garrafa de refrigerante)
1 xícara ou caneca
1 concha de cozinha pequena ou uma pá
5 xícaras de lama (de 4 fontes de lama diferentes como uma lagoa, pântano, lago, jardim ou floresta)
5 xícaras de água (água de chuva, lago, rio, aquário ou água mineral sem gás)
1 colher de sopa para medida
1 bastão de madeira
1 folha de jornal picada em pedaços bem pequenos
1 colher de sopa de giz polvilhado,
Desenvolvimento
Em um balde pequeno, coloque 5 ou 6 xícaras de terra. Retire todos os galhos, folhas, e pedras. Mexendo com o bastão de madeira, lentamente acrescente água até que a terra tenha a consistência de nata grossa. A quantidade de água necessária, dependerá da umidade da terra. Acrescente ao mingau de lama o jornal picado e 1 colher de sopa de giz pulverizado. Misture os conteúdos suavemente. Tenha certeza de que a mistura é fluida, assim passará facilmente através do funil. Deixe repousar um pouco para a argila absorver água.
Remova o rótulo existente na garrafa. Faça um rótulo novo para a garrafa com o nome da fonte de lama. Fixe o funil na boca da garrafa com fita adesiva. Segure com firmeza no lugar. Coloque aproximadamente Um centímetro (cm) de mistura de lama na garrafa. Com uma mão cubra a abertura da garrafa , e com a outra segure a base da garrafa, vá batendo gentilmente a base da garrafa na mesa, uniformizando a mistura. Continue enchendo a garrafa, batendo gentilmente todo conteúdo, até chegar a, 4 ou 5 cm, do topo da garrafa. Feche com tampa.
Repita o processo anterior para encher cada uma das garrafas. Use lama de lugares diferentes para cada uma. Tenha certeza de que cada garrafa está corretamente rotulada.
O aluno pode levar a biosfera na garrafa para casa, e colocar em um lugar bem iluminado, longe de luz do sol direto. Uma janela com exposição solar do norte funciona melhor. Se você não tiver uma janela, coloque a garrafa a aproximadamente 60 cm de uma lâmpada de 40 ou 60 watt. Para melhores resultados, não exponha a garrafa para luz do sol direta ou calor intenso.
Mantenha a garrafa em uma só posição, sem move-la e observe-a diariamente. Enquanto isso procure mudanças na cor, ou outra coisa, na lama. Decorrem aproximadamente seis semanas para se notar qualquer mudança na cor. Mas pode-se ver outras mudanças mais cedo, como a formação de bolhas de gás. Escreva as observações em um diário, e faça um desenho colorido da coluna ao término de cada semana.
Variações possíveis
Este experimento permite inúmeras variações:
Na composição da lama – pode ser coletada de lugares diferentes, um tipo para cada garrafa; entretanto solos arenosos devem conter um pouco de argila para manter o solo úmido;
No líquido que vai hidratar a lama – pode ser água, refrigerante, desinfetante, etc;
Cor da garrafa – podem ser usadas garrafas embrulhadas em papel celofane colorido;
No local onde a biosfera será guardada – as garrafas podem ser colocadas na luz artificial (incandescente ou fluorescente), luz natural ou escuro, frio ou calor, fazendo-se combinações entre as variáveis.
Fontes nutricionais – podem ser acrescentados fragmentos de alimentos, palha, comprimidos de vitaminas esmagadas.
Materiais para decomposição – as garrafas podem conter o mesmo tipo de lama, mas serem divididas em dois grupos: um que vai receber materiais biodegradáveis e outro que vai receber materiais de degradação lenta.
Conteúdos de inserção do experimento:
Características Gerais dos seres vivos;
Citologia – metabolismo celular: fermentação, respiração e fotossíntese;
Seres vivos – reino Monera e Protista;
Ecologia – ciclos biogeoquímicos e poluição.
Temas transversais
Saúde;
Meio ambiente;
Ética e Cidadania.
Informações úteis
As cores diferentes na lama representam a presença de micróbios de fotossintéticos diferentes.
As bolhas são o resultado da formação de micro ambientes . O micro ambiente é o ambiente próximo de uma célula microbiana ou de um pequeno grupo de células.
Uma garrafa mantida no escuro não vai apresentar crescimento de bactérias fotosintéticas porque a energia da luz é crítica para o desenvolvimento destes organismos. Porém, outros tipos de crescimento bacteriano podem ocorrer: organismos fototróficos podem se favorecer de outros meios de produzir energia para crescimento na escuridão.
Uma garrafa mantida na luz do sol direto pode não mostrar nenhum crescimento porque a alta intensidade luminosa retarda a fotossíntese, e o calor extremo pode abafar crescimento.
Uma garrafa mantida a alta temperatura não mostrará crescimento, a menos que a terra venha de regiões quentes, porque a maioria dos organismos não pode sobreviver a temperaturas maiores que 50ºC (120ºF).
Se as garrafas estiverem cobertas com celofane colorido, micróbios diferentes crescerão, porque eles requerem cores de luz diferentes para crescer.

Fonte: http://archives.microbeworld.org/resources/experiment/pgs17-21.pdf

Leitura Recomendada
Brock T. D; M. T. Madigan; J. M Martinko; J. Parker. Biology of Microorganisms. 1994. Prentice Hall, New Jersey, 909 p.
NABT –– National Association of Biology Teachers – Meet Microbes, Microbe World Activities 1999 – VA – USA.
Pelczar, M. J.; E. C. S. Chan; Noel R. Krieg. Microbiologia, Conceitos e Aplicações.. 1997, Segunda edição. Makron Books, São Paulo, 517 p.
Ronald, M. Microorganisms in our World. Atlas. 1995. Mosby, St. Louis, 765 p.
Roitman I.; L. R. Travassos; J. L. Azevedo. Tratado de Microbiologia.. 1991. Editora Manole, São Paulo, 126 p.

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