Muitos
estudiosos procuraram explicar a variedade de seres existentes hoje no planeta
Terra.
Buffon,
no século XVIII, no seu livro de 44 volumes, Histoire Naturelle, acoplava
teorias de evolução, que mais tarde seriam estudadas por Lamarck e Darwin. Já
propunha a influência do meio ambiente na evolução das espécies, e foi o
primeiro cientista europeu a sugerir que a Terra tinha mais de 6000 anos,
calculados por alguns religiosos. Isso abriu caminho para o estudo futuro das
eras geológicas.
Lamarck,
em 1809, publicou o Philosophie Zoologique,
no qual propunha que as características adquiridas podem passar de
gerações futuras. Lamarck sabia que os fatores ambientais podem modificar os
indivíduos, e que a utilização constante de alguns órgãos pode fazê-los crescer
e seu desuso tenderia a fazê-los regredir. Weismann desmentiu Lamarck
reproduzindo camundongos de cauda
cortada e obtendo camundongos com cauda intacta.
Charles
Darwin propôs a teoria da evolução baseando-se nas observações feitas durante
cinco anos de viagens pelo mundo. Ele tinha 22 anos quando embarcou no veleiro
Beagle da marinha britânica. O principal objetivo da viagem era mapear o
hemisfério sul. Observando tentilhões e tartarugas, ele constatou como o meio
ambiente de ilhas vizinhas tinha selecionado seus habitantes, a ponto de as
populações se diferenciarem, e constituírem novas espécies. Embora tivesse
começado a escrever o livro “A origem das espécies” em 1838, decorreram 21 anos
até a sua publicação. Esta demora deveu-se, principalmente, à resistência que
ele acreditava que enfrentaria por parte da sociedade da época.
As principais bases da teoria da evolução de Darwin
A
evolução é o constante processo de mudança no mundo vivo ao longo do tempo. O
processo evolutivo mantém vivos os que tem mais chances de passar adiante suas
características hereditárias.
Segundo
Darwin, todos os seres vivos descendem, em última análise, de um forma
primitiva e muito simples de vida. Darwin nunca afirmou que o Homem descende do
macaco! Ele propôs que macacos e humanos tiveram um ancestral comum.
As
espécies tendem a se diferenciar, da mesma forma que os galhos em uma árvore
vão se ramificando.
As
populações se diferenciam de geração em geração, gradualmente.
As
mudanças sofridas pelas espécies, ao longo do tempo, são postas a prova pelo
meio ambiente. As mudanças que o meio ambiente seleciona são passadas para os
descendentes.
Hoje sabemos que as mudanças são fruto das mutações
ocorridas nos genes ao longo do tempo dentro das espécies. As mutações ocorrem
ao acaso, e são postas a prova pelas condições ambientais.
Para
estudar a evolução, teremos que entender como as espécies podem mudar ao longo
do tempo, e como grupos de seres vivos pode originar espécies diferentes.
ATIVIDADE 15 – Qual o futuro da espécie?
Uma
população de gafanhotos vive a beira de um rio com vegetação rasteira. A
maioria dos animais é verde e se confunde com a paisagem. De vez em quando
aparece um indivíduo na população. Certo dia uma fêmea, cheia de ovos, próxima
do seu período de postura, atravessa o rio num pedaço de madeira. Do outro lado
do rio, a paisagem é escura. Lá ela põe seu ovos, e alguns dos seus filhotes
nascem escuros.
O que pode
acontecer com os dois grupos de gafanhotos?
A. Trubat & M.F. Barroso – p. 47
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