Micróbios Amigos
CONTÉM AULAS PRÁTICAS DE MICROBIOLOGIA, PARA PROFESSORES QUE QUEIRAM INCENTIVAR SEUS ALUNOS NO MUNDO DA CIÊNCIA.
Conteúdo
O conteúdo deste blog é de material didático, com sugestões de atividades e aulas práticas com material de baixo custo.
As propostas são elaboradas por mim, com base em pesquisas em diferentes bases de dados. As propostas foram testadas em turmas de ensino médio e fundamental, ou com professores de várias áreas.
CASO USE NOSSO CONTEÚDO, POR FAVOR CITAR A FONTE:
Autora: RTSR, Adila
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Escala de tamanho
Este site apresenta um objeto de aprendizagem muito interessante, para dar aos alunos a noção de tamanho de um grão à uma molécula.
http://learn.genetics.utah.edu/content/begin/cells/scale/
Divirtam-se.
bjux
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bjux
terça-feira, 5 de junho de 2012
TEXTO PARA LEITURA – Evolução das espécies
Muitos
estudiosos procuraram explicar a variedade de seres existentes hoje no planeta
Terra.
Buffon,
no século XVIII, no seu livro de 44 volumes, Histoire Naturelle, acoplava
teorias de evolução, que mais tarde seriam estudadas por Lamarck e Darwin. Já
propunha a influência do meio ambiente na evolução das espécies, e foi o
primeiro cientista europeu a sugerir que a Terra tinha mais de 6000 anos,
calculados por alguns religiosos. Isso abriu caminho para o estudo futuro das
eras geológicas.
Lamarck,
em 1809, publicou o Philosophie Zoologique,
no qual propunha que as características adquiridas podem passar de
gerações futuras. Lamarck sabia que os fatores ambientais podem modificar os
indivíduos, e que a utilização constante de alguns órgãos pode fazê-los crescer
e seu desuso tenderia a fazê-los regredir. Weismann desmentiu Lamarck
reproduzindo camundongos de cauda
cortada e obtendo camundongos com cauda intacta.
Charles
Darwin propôs a teoria da evolução baseando-se nas observações feitas durante
cinco anos de viagens pelo mundo. Ele tinha 22 anos quando embarcou no veleiro
Beagle da marinha britânica. O principal objetivo da viagem era mapear o
hemisfério sul. Observando tentilhões e tartarugas, ele constatou como o meio
ambiente de ilhas vizinhas tinha selecionado seus habitantes, a ponto de as
populações se diferenciarem, e constituírem novas espécies. Embora tivesse
começado a escrever o livro “A origem das espécies” em 1838, decorreram 21 anos
até a sua publicação. Esta demora deveu-se, principalmente, à resistência que
ele acreditava que enfrentaria por parte da sociedade da época.
As principais bases da teoria da evolução de Darwin
A
evolução é o constante processo de mudança no mundo vivo ao longo do tempo. O
processo evolutivo mantém vivos os que tem mais chances de passar adiante suas
características hereditárias.
Segundo
Darwin, todos os seres vivos descendem, em última análise, de um forma
primitiva e muito simples de vida. Darwin nunca afirmou que o Homem descende do
macaco! Ele propôs que macacos e humanos tiveram um ancestral comum.
As
espécies tendem a se diferenciar, da mesma forma que os galhos em uma árvore
vão se ramificando.
As
populações se diferenciam de geração em geração, gradualmente.
As
mudanças sofridas pelas espécies, ao longo do tempo, são postas a prova pelo
meio ambiente. As mudanças que o meio ambiente seleciona são passadas para os
descendentes.
Hoje sabemos que as mudanças são fruto das mutações
ocorridas nos genes ao longo do tempo dentro das espécies. As mutações ocorrem
ao acaso, e são postas a prova pelas condições ambientais.
Para
estudar a evolução, teremos que entender como as espécies podem mudar ao longo
do tempo, e como grupos de seres vivos pode originar espécies diferentes.
ATIVIDADE 15 – Qual o futuro da espécie?
Uma
população de gafanhotos vive a beira de um rio com vegetação rasteira. A
maioria dos animais é verde e se confunde com a paisagem. De vez em quando
aparece um indivíduo na população. Certo dia uma fêmea, cheia de ovos, próxima
do seu período de postura, atravessa o rio num pedaço de madeira. Do outro lado
do rio, a paisagem é escura. Lá ela põe seu ovos, e alguns dos seus filhotes
nascem escuros.
O que pode
acontecer com os dois grupos de gafanhotos?
A. Trubat & M.F. Barroso – p. 47
domingo, 3 de junho de 2012
RETORNO
Depois de uma longa ausência estou de volta. Mil perdões a quem fez comentários e não houve resposta.
De agora em diante o blog ganhará novas postagens, não só com material de microbiologia. Serão postadas novas aulas práticas de outros conteúdos para que possamos tornar nossas salas de aulas mais divertidas.
abçs
Adila
Texto - Classificação dos seres vivos
CLASSIFICAÇÕES
Classificações são feitas por vários motivos; entre eles, podemos citar:
1. Organizar a variadíssima coleção de seres vivos que habitam o nosso planeta com o objetivo de facilitar seu estudo;
2. Indicar a filogênese: a seqüência com que os seres vivos surgiram no planeta ou, mais especificamente, a história evolutiva de cada grupo. Desse modo, conseguimos descobrir o grau de “parentesco evolutivo” entre os diversos grupos de seres vivos.
Algumas dicas de critérios da classificação:
- Em princípio, quanto maior a semelhança entre dois grupos, maior seu grau de parentesco, isto é, mais próxima sua origem evolutiva. Em outras palavras, menor é o tempo em que ambos divergiram a partir de um ancestral comum.
- Quanto mais distantes forem duas espécies, maior será a diferença nas seqüências de DNA das duas espécies;
- Quanto maior a diferença na seqüência de aminoácidos, maior a distância evolutiva entre as duas espécies.
Cientistas costumam utilizar critérios para classificar os seres vivos. Vários tipos de classificação são possíveis.
Ao longo da história foram criados vários sistemas que tentaram agrupar os seres vivos.
Aristóteles (384 - 322 a.C.), em De Anima , traduzido para o árabe, dividia os seres vivos em plantas e animais agrupados de acordo com semelhanças. Os animais eram divididos em Vertebrados, ou animais de sangue vermelho, e Invertebrados, animais sem sangue vermelho.
Teofrasto, discípulo de Aristóteles, descreveu todas as plantas conhecidas no seu tempo, classificando-as pelo tamanho em árvores, arbustos, subarbustos e ervas.
Santo Agostinho – séc. IV – dividia os animais em Úteis, Nocivos e Indiferentes em relação ao Homem.
Os sistemas de classificação até o começo do século XVIII dispunham de um número extremamente limitado de características dos organismos que estavam sendo analisados. A classificação dos animais, por exemplo, era feita de acordo com sua forma de locomoção: caminhantes, saltadores, voadores, nadadores.
No século XVIII surgiu a classificação com base na divisão dos seres em três reinos: Vegetalia ou Plantae, Animalia e Mineralia. Posteriormente, os seres vivos forma divididos em reinos: Protista , Plantæ , Animalia .
No século IXX foi sugerida a divisão em quatro reinos:
Reino Monera - bactérias e cianobactérias
Reino Protista - algas, protozoários e fungos
Reino Plantæ - de musgos até angiospermas
Reino Animalia - desde esponjas até os mamíferos.
A classificação em cinco reinos usa critérios como o TAMANHO celular, seu tipo de ALIMENTAÇÃO, o TIPO CELULAR e o NÚMERO DE CÉLULAS.
A classificação em Reinos utiliza também, dentre outros, estes critérios. Esta classificação divide os seres em:
Reino Monera – unicelulares, micoscópicos, procariotos; podem ser autótrofos ou heterótrofos;
Reino Protista – unicelulares, micoscópicos, eucariotos; podem ser sutótrofos ou heterótrofos;
Reino dos Fungos – uni ou pluricelulares, com células eucatióticas; são todos heterotróficos;
Reino das Plantas – pluricelulares, com células eucatióticas; são todos autótróficos;
Reino dos Animais – pluricelulares, com células eucatióticas; são todos heterotróficos.
Você sabe o significado de cada uma das palavras acima? Pergunte e discuta!
A classificação de Carl Woese, porposta em 1990, é construída a partir de uma árvore filogenética baseada na configuração do rRNA, mostrando a separação dos grandes grupos biológicos: Bacteria; Archaea e Eukaryotes.
Domínio Eubacteria, que inclui as bactérias;
Domínio Archaea, anteriormente chamado Archaebacteria, que inclui os procariontes que não recaem na classificação anterior;
Domínio Eukaria, que inclui todos os eucariontes, os seres vivos com um núcleo celular organizado.
A classificação não inclui os vírus porque é difícil caracterizá-los como seres vivos.
Outras classificações
Além da classificação de Carl Woese, tem outra porposta a vida na Terra em três domínios, geralmente designados como os três super-reinos, tendo como base a estrutura fundamental do organismo:
Super-reino Eukaryota, incluindo os organismos com célula eucarionte
Super-reino Prokaryota, incluindo os organismos com célula procarionte
Outra alternativa é o sistema dos seis reinos, no qual os domínios são os reinos tradicionais da biologia moderna:
Com o avanço nas pesquisas o entendimento do grau de proximidade entre as espécies de seres vivos, vão surgindo novas propostas de classificação. Por isso, mais importante que “decorar” os sitemas de classificação, é entender os critérios que orientam essas classificações.
A. Trubat & M.F. Barroso, Seres vivos - Textos e experimentos para o ensino de física e de ciências. Materiais do LIMC elaborados para a REDE Nacional de Formação Continuada de Professores da Educação Básica, da SEB/MEC (E-LIMC, 2008, 60 p.)
Jogo da classificação dos seres vivos
Objetivos
Reconhecer as diversas formas de classificação dos seres vivos.
Vamos começar as
atividades fazendo um exercício de “treinamento de sua veia cientifica”.
Imagine-se no ano
2523, quando é descoberto um sistema solar em uma nova galáxia. São encontradas
muitas semelhanças entre nosso sistema solar e este novo mundo, inclusive com
um planeta que se assemelha à Terra.
Uma sonda espacial é
enviada a esse planeta, e ela manda de volta para a Terra uma variedade de
organismos vivos diferentes, por uma coluna de transporte molecular
(teletransporte).
Vocês, que são os
cientistas que estudam estes organismos, percebem que é necessário desenvolver
um “esquema de classificação”, para poder comparar as novas formas de vida
encontradas neste sistema (os “ETs”) aos organismos da Terra.
Para isso, todos os
seres são desenhados e cópias desses desenhos são distribuídas.
Oficina sobre Biodiversidade – Trabalho
em grupo
Você vai precisar de:
-
cópias das figuras dos ETs recortadas (um jogo de cartões para cada grupo);
-
papel manilha e cola
O seu papel é estudar as ilustrações das criaturas e
desenvolver um possível esquema de classificação baseado na observação de cada
organismo.
As cópias das figuras dos ETs são os Cartões de Organismos. Cada grupo deve estudar os cartões
cuidadosamente, buscando semelhanças e diferenças, procurando regularidades.
Anote as características semelhantes e as diferenças
entre as criaturas.
Construa uma tabela para ajudar a organizar suas
observações, com colunas para descrever detalhes como existência de cabelo ou
pelos, de antenas, e de olhos, entre outras.
Estude os cartões novamente e arrume-os em grupos,
baseado nas semelhanças e diferenças observadas.
Quando o grupo estiver satisfeito com os resultados, monte
um cartaz para apresentar este resultado. Dê nomes aos grupos de novas formas
de vida.
Apresente seu esquema de classificação para todos.
Lembre que você vai ter que justificar seu esquema!
Como seu esquema de classificação se compara aos
criados pelos outros grupos?
RODRIGUES, A. R. T. S. Uma proposta para a montagem de um laboratório
criativo para aulas práticas de Microbiologia. 2002. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização) - Ensino de Ciências e Biologia, Departamento de Bioquímica Médica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.
Fonte: http://archives.microbeworld.org/resources/experiment/pgs1-6.pdf
RODRIGUES, A. R. T. S. Uma proposta para a montagem de um laboratório
criativo para aulas práticas de Microbiologia. 2002. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização) - Ensino de Ciências e Biologia, Departamento de Bioquímica Médica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.
Fonte: http://archives.microbeworld.org/resources/experiment/pgs1-6.pdf
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